Paula Rebelo, vencedora do Prémio Carreira na 7.ª edição dos Prémios Jornalismo em Saúde, é a convidada de Junho da entrevista da APIFARMA.
Jornalista da RTP desde 1997, descreve a “honra incrível” e “surpreendente” que representa o prémio, uma iniciativa da APIFARMA com o Clube de Jornalistas, que recebeu no dia 28 de Junho. Confessa até a sua surpresa, pois tinha-se candidatado à categoria Televisão, com a peça “Uma só Saúde”, que, a propósito da pandemia, mostra a interligação entre o ambiente, o meio animal, o meio humano e a saúde humana. “Achei que se tinham enganado”, revela.
26 anos depois, Paula Rebelo continua a entusiasmar-se com a possibilidade de “transmitir noções de saúde pública e histórias de interesse humano”. Um tipo de trabalho que não era habitual no início da sua carreira.
“Mostrar os exemplos positivos que existem em Portugal, e são vários”, é outro dos seus interesses e um trabalho que quer continuar a fazer. Por exemplo, “em termos de exportações em saúde, nós temos números e crescimentos incríveis”. O outro lado da moeda, comenta, é que “em termos de investigação base, por exemplo, é preciso muito mais apoio. E não faltam jovens, médicos, enfermeiros, profissionais de saúde que o queiram fazer, bem como a interligação com outras áreas”, considera.
Sendo uma jornalista especializada em saúde, Paula Rebelo recorda que esta é uma área “transversal, muito técnica, que mexe com o ambiente, mexe com a economia, com administração interna, com a segurança, com as Finanças”. Uma especialização que lhe fez sentir “a necessidade de aperfeiçoar os conhecimentos” que tinha e cuja falta em muitas redações a inquieta. “Acho que estamos numa fase muito preocupante, porque, efectivamente, é quase um jornalismo fast food” que tantas vezes se pratica. Receia, por isso, “com a crise que vivemos nesta altura, que as redacções não invistam em motivar até os novos colaboradores a encetarem esta especialização”.
Assista à entrevista completa:
