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A conversa

Paula Alves | “A criação de valor gerada pelo conhecimento pode ser amplificada em todas as áreas”

Paula Alves | “A criação de valor gerada pelo conhecimento pode ser amplificada em todas as áreas”

A importância da investigação e o valor que dela resulta para o país foi destacada por Paula Alves, a Directora-Executiva do Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (iBET), na entrevista de Outubro da APIFARMA.   Para Portugal, “a investigação é super-importante porque a criação de valor que é gerada pelo conhecimento pode ser […]

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A importância da investigação e o valor que dela resulta para o país foi destacada por Paula Alves, a Directora-Executiva do Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (iBET), na entrevista de Outubro da APIFARMA.

 

Para Portugal, “a investigação é super-importante porque a criação de valor que é gerada pelo conhecimento pode ser amplificada de várias maneiras em todas as áreas”, explica a investigadora, permitindo, a montante, o envolvimento “na geração de produtos de alto valor” que no caso do iBET são a “área dos biofármacos e das novas terapias”.

 

“O que temos feito em Portugal é tentar ver as peças que são necessárias para fazer investigação nesta área e depois a parte de criação de valor para as empresas”, adianta, como “o desenvolvimento de processos, nomeadamente para terapias celulares e terapias génicas”. Em resultado desta aposta, “a indústria farmacêutica internacional vem aqui – porque vê que há um polo de inovação e investigação aqui no iBET, e que tem vindo a crescer – investir na investigação que fazemos”.

 

Além da “especificidade destas moléculas” e dos “resultados que estas novas terapias têm para a saúde das pessoas”, não apenas é possível a “exportação de conhecimento e investigação, como criamos emprego altamente qualificado de pessoas que estávamos a formar e que tinham de ir para o estrangeiro”, permitindo que possam “criar valor para o país”.

 

Noutro prisma, Paula Alves defende a “importância que é termos mais ensaios clínicos de fase I em Portugal”, factor que “para as empresas internacionais é muito importante”. Ao ser possível juntar “a investigação, o desenvolvimento de processos, a produção de lotes para ensaios clínicos e ter investigadores na clínica, os médicos, conseguimos oferecer um pacote como país que é muito mais apelativo para atrair ensaios de fase I”.

 

Neste momento, não é possível fazer ensaios de fase I de terapia génica e terapia celular em Portugal, mas alterar esta circunstância seria igualmente apelativo para os próprios clínicos, porque “muitas vezes o que acontece, neste momento, é que alguns deles sabem que há produtos inovadores que podiam beneficiar o seu doente e não os podem envolver”.

 

“Se nos organizássemos”, conclui, se “dessemos mais autonomia aos centros clínicos para fazer investigação e valorizássemos mais a investigação na carreira dos médicos, conseguíamos potenciar o investimento que tem sido feito em investigação porque há bons centros de investigação em Portugal”, frisa, “só no polo de Lisboa há imensa investigação a ser feita e isso era um plus que, estou convicta, iria trazer muitos mais ensaios para Portugal”.

 

Assista à entrevista completa: