Partilha e proximidade são ferramentas essenciais para a promoção da Literacia em Saúde, considera Fernando Almeida, Presidente do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e o convidado do primeiro podcast Pela Sua Saúde de Abril.

As acções de promoção da literacia em saúde “não devem ser isoladas e propriedade do Ministério da Saúde ou dos profissionais de saúde”, defende Fernando Almeida, alertando que a dificuldade de “desmultiplicar coisas difíceis em coisas fáceis” pode levar a que profissionais muito especializados não consigam transmitir adequadamente a informação. Por isso, “o Ministério da Saúde, o Instituto, seja outra instituição, tem de se socorrer da sociedade civil, das associações de doentes, de associações profissionais, de outros ministérios” para chegar aos cidadãos .

Dando o exemplo concreto do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), “através dos stakeholders, por exemplo a APIFARMA e outras organizações, podermos fazer chegar uma informação mais descascada e mais apreensível pelas pessoas”. É o caso do Museu da Saúde, nomeadamente se este tipo de museus for visitado “com este cuidado de transmissão e promoção da saúde”.

Recordando que “apenas 1 em cada 3 portugueses tem conhecimentos suficientes em termos de literacia de saúde”, explicou que a sua definição de literacia em saúde “não é saber, é fazer bem com aquilo que se sabe”.

Quanto ao futuro, uma das suas missões do INSA é “a difusão da cultura científica: promover a medicina do futuro, a medicina de precisão, a genómica e introduzir aos poucos estes conceitos e fazer uma formação com vários grupos-alvo, como os investigadores, profissionais de saúde e educação e outros stakeholders”. Uma instituição, que este ano celebra 125 anos, “com história, que tem feito história e vai fazer história, também no âmbito da área da promoção da literacia”, assinalou.

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