Ricardo Ferreira Reis, economista e professor da Universidade Católica, é o segundo convidado do podcast Pela Sua Saúde, uma parceria entre a APIFARMA e o jornal online Observador.
A dívida do SNS à Indústria Farmacêutica foi um dos vários temas abordados na conversa com Ricardo Ferreira Reis a defender a importância da disciplina rigorosa nos prazos de pagamento do Estado aos fornecedores, nomeadamente à Indústria Farmacêutica. “Habituámo-nos a ter atrasos de pagamento por parte do Estado que são calamitosos”, considera.
Ressalvando o “aumento da aceleração de pagamentos feito no último ano e a perspetiva deste ritmo de atenuar da dívida”, frisa a urgência de um “consenso na sociedade portuguesa” de que é uma “boa ideia” ter contas certas “sem atalhos, truques ou formas de fugir a isto”. Ficariam a ganhar a indústria Farmacêutica e a economia portuguesa, defende.
O valor dos medicamentos inovadores foi outro dos temas abordados. Ricardo Reis qualificou como “brutais” os avanços terapêuticos a nível de medicamentos, destacando, nomeadamente, o “encaminhamento para soluções farmacológicas de tratamentos que antigamente necessitavam de cirurgia”.
Assim se “faz baixar a tal despesa” para o sistema de saúde, lembra, adiantando que estes progressos são fruto de “um investimento enorme em investigação e desenvolvimento” que “tem sido a indústria farmacêutica a pagar. Há, por isso, um “caminho importante a ser feito” para o “entendimento de que esse gasto do Serviço Nacional de Saúde com a Indústria Farmacêutica não é a comprar pílulas, é comprar pílulas que tem por trás de si uma investigação e um desenvolvimento e todo um investimento brutal, muito dispendioso e com risco”.
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