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António Sousa Pereira: “Vamos ter que assumir de uma vez por todas que a indústria está disponível para financiar a investigação clínica”

António Sousa Pereira: “Vamos ter que assumir de uma vez por todas que a indústria está disponível para financiar a investigação clínica”

O reitor da Universidade do Porto, desde abril de 2018, confirma na entrevista de março da APIFARMA a sua recandidatura ao cargo. António Sousa Pereira, médico e professor universitário, sublinha a importância do desenvolvimento da tecnologia do mRNA no combate à pandemia e que “abre portas larguíssimas para o futuro” e para o […]

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O reitor da Universidade do Porto, desde abril de 2018, confirma na entrevista de março da APIFARMA a sua recandidatura ao cargo. António Sousa Pereira, médico e professor universitário, sublinha a importância do desenvolvimento da tecnologia do mRNA no combate à pandemia e que “abre portas larguíssimas para o futuro” e para o tratamento de muitas outras patologias.

 

António Sousa Pereira é reitor da Universidade do Porto desde abril de 2018 e confirmou na entrevista de março da APIFARMA que se vai recandidatar a um novo mandato. Nesta conversa, o médico e professor universitário sublinhou que a pandemia mostrou que “a verdadeira inovação existe e que é possível acelerá-la”. Exemplo disso é o desenvolvimento da tecnologia mRNA, que é “uma coisa do outro mundo, abre portas larguíssimas para o futuro, abre perspetivas de se conseguir tratar uma série de doenças para as quais não havia nenhum tipo de oferta.”

 

Referindo-se à realidade nacional, considerou que existe “ainda muita burocracia associada à realização de ensaios clínicos” porque nem todas as direções dos centros hospitalares compreendem que “participar em ensaios é uma maneira de oferecer aos pacientes tratamentos a custo zero” e “inovadores, que de outra forma não fariam”.

 

Para António Sousa Pereira, existe “desconfiança entre entidades que estão disponíveis para financiar e os investigadores clínicos. Vamos ter de assumir de uma vez por todas que a indústria está disponível para financiar a investigação clínica”, disse.

 

Sobre a integração no mercado de trabalho e os salários pouco competitivos pagos em Portugal, o reitor deixou um alerta: “Não há reconhecimento [pelas] nossas empresas do valor da diferenciação do Ensino Superior” e “ainda não existe uma suficiente valorização da inovação. Tem de ser feito, caso contrário vamos continuar a perder os nossos jovens para o estrangeiro.”

 

Assista à entrevista completa: