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Estudo revela queda da sustentabilidade do SNS

Estudo revela queda da sustentabilidade do SNS

Valorização das carreiras e dos salários dos profissionais de saúde contribui para despesa, mas só a prazo para o crescimento da actividade.

A queda da sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em 2024 foi uma das principais conclusões apresentadas na “Conferência Sustentabilidade em Saúde”, que a AbbVie, em parceria com o Expresso, promoveu hoje, dia 1 de Julho, no Centro Cultural de Belém.

Esta queda revelada pelo Índice de Saúde Sustentável – apresentado na conferência – acontece pelo terceiro ano consecutivo. É a terceira maior descida da década, apenas superada pelo ano de início da pandemia, em 2020.

De acordo com o coordenador do estudo, Pedro Simões Coelho, o Índice de Sustentabilidade do SNS não cai pela qualidade, nem pela acessibilidade. A causa da queda da sustentabilidade “teve exclusivamente que ver com a relação entre o crescimento da despesa e o crescimento da actividade”, adiantou.

O mesmo responsável acrescentou que se pode defender que “neste ano em concreto há justificações para isso”, pois em 2024 houve uma valorização das carreiras e dos salários dos profissionais de saúde. Existe, assim, um crescimento da despesa induzido, cujos “efeitos positivos só se irão ver dentro de alguns anos”.

Como ponto positivo destaca-se a redução da dívida vencida, que voltou a cair em 2024 (-35%), passando de 0,45 mil milhões de euros para 0,29 mil milhões de euros, mantendo a tendência descendente dos últimos anos. Os dados recolhidos registam ainda uma redução do défice (-217%).