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Acreditar e confiar no Programa Nacional de Vacinação

Acreditar e confiar no Programa Nacional de Vacinação

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O médico de família Nuno Jacinto e o pediatra Hugo Rodrigues protagonizaram o podcast “Pela Sua Saúde” da APIFARMA. Manter o voto de confiança no Programa Nacional de Vacinação (PNV) foi uma das mensagens evidenciadas.

“O meu conselho para o futuro é prolongar este presente porque estamos bem”, afirma Hugo Rodrigues. Nuno Jacinto, que preside a Associação de Medicina Geral e Familiar, completa a mensagem acrescentando que, quanto ao futuro da vacinação em Portugal, é necessário “manter a confiança, continuar a acreditar na eficácia das vacinas e dos seus efeitos”.

Durante a conversa foram comentados alguns dos resultados do estudo “Percepção do Valor das Vacinas”. Uma das conclusões deste estudo, que foi promovido pela APIFARMA, mostra que a taxa de vacinação diminui ao longo da idade. A vacinação na infância é encarada como natural e parte integrante do “processo de crescimento e dos cuidados que prestamos às nossas crianças, sobretudo às mais pequenas”, explica Nuno Jacinto, evidenciando que o mesmo deve ser feito na idade adulta. Dá o exemplo da vacina da gripe, onde importa “estimular a vacinação e promovê-la até entre os profissionais de saúde”, grupo profissional em “a taxa de vacinação poderia ser superior”.

Quanto ao facto de o estudo revelar que, apesar do custo das vacinas poder ser uma barreira, mais de 70% dos pais de crianças e adolescentes com menos de 18 anos inquiridos estão dispostos a pagar por vacinas extra PNV, o pediatra Hugo Rodrigues confirma que a “receptividade [dos pais] na maior parte das vezes é muito boa” e que “mesmo com o investimento económico, que pode ser significativo para muitos agregados familiares, conseguimos manter boas taxas de vacinação”. Acrescenta que para as vacinas extra PNV existem recomendações oficiais de diferentes sociedades, nomeadamente da Sociedade Portuguesa de Pediatria, que permitem aos profissionais hierarquizar a importância das diferentes vacinas, para ajudar os pais nessa escolha.

Enquanto médico, o pediatra afirma que “gostaria que essas vacinas fossem distribuídas de forma universal”, mas defende que para a sua inclusão no PNV “a análise de custos tem de ser gerida com base não no benefício individual, mas no benefício populacional” e, depois, tendo em conta “a relação entre custo e benefício”.

Ouça este e todos os podcasts na íntegra aqui.