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Apresentação do estudo “Análise ao investimento do SNS com medicamentos”

Apresentação do estudo “Análise ao investimento do SNS com medicamentos”

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A APIFARMA apresentou hoje, 25 de Setembro, o estudo “Análise do investimento do SNS com medicamentos 2018- 2026 | Modelos de Financiamento para o Futuro”. Numa conferência realizada na Culturgest, António Donato, Vice-Presidente da APIFARMA apresentou as conclusões do estudo que revelam um aumento de 11% para 18% das devoluções da Indústria Farmacêutica ao Estado entre 2018 e 2022.

“O peso das devoluções das vendas realizadas pela Indústria Farmacêutica pode chegar, em 2026, aos 30% do mercado SNS hospitalar afirmou, sendo que o valor reportado pelo Infarmed “não considera uma parte das devoluções da Indústria Farmacêutica”.

Este modelo, defende, carece de revisão urgente, pois é insustentável. “É totalmente impossível a Indústria Farmacêutica acomodar devoluções deste tipo” pelo que “é necessário mudar o modelo de financiamento de medicamentos” que permita o acesso dos doentes aos medicamentos inovadores, garanta a sustentabilidade do SNS e assegure a viabilidade económica das empresas da Indústria Farmacêutica.

Numa conversa entre o Presidente da APIFARMA, João Almeida Lopes, e o Presidente do Infarmed, Rui Santos Ivo, foi debatido o estudo e apresentadas ideias para o futuro. “Preocupa-nos sobremaneira o valor que os volumes estão a atingir”, reforçou Almeida Lopes, acrescentando que o montante crescente das devoluções “vai inviabilizar algumas operações e isso significa menos acesso à inovação para as pessoas”. Assegurou ainda a total disponibilidade da Indústria para encontrar soluções.

Por seu lado, o Presidente do Infarmed, mostrou-se “completamente disponível” para a realização de um “estudo sucedâneo” do hoje apresentado, que considerou “muito relevante, mas tem de ser complementado”.  Rui Santos Ivo defendeu ainda que o estudo a ser desenvolvido teria de considerar três variáveis: “Investimento na inovação; investigação & desenvolvimento e ensaios clínicos; e o investimento em capacitação industrial”.

A iniciativa hoje promovida pela APIFARMA contou ainda com um painel de debate em que participaram António Donato, Ana Sampaio, Presidente da Associação Portuguesa de Doença Inflamatória do Intestino (APDI), Eduardo Costa, Presidente da Associação Portuguesa da Economia da Saúde e Hugo Pedrosa, Director da IQVIA.

Ana Sampaio considerou “ideal as empresas serem ressarcidas em função do que é a qualidade do medicamento” adiantando que esta eficácia “tem de ser avaliada pelo doente”. Já Eduardo Costa afirmou que o “modelo de financiamento tem desafios e algumas vertentes podem estar ultrapassadas”, considerando que os “critérios de disponibilização da inovação devem, desejavelmente, ser baseados em evidência”.

Hugo Pedrosa destacou a importância do estudo, executado pela IQVIA, considerando-o “verdadeiramente pioneiro” com a vantagem de trazer “luz a áreas muito opacas”.

O Vice-Presidente da APIFARMA, António Donato, frisou a ideia de que é “crucial financiar medicamentos em função dos resultados em contexto de vida real”, mensagem que reforçou ao longo da conferência.

Veja o registo fotográfico aqui.