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Portugal mantém atraso no acesso a medicamentos inovadores

Portugal mantém atraso no acesso a medicamentos inovadores

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Portugal mantém-se numa das últimas posições no tempo médio de acesso à inovação, revela o relatório Patient WAIT Indicator 2024, hoje divulgado pela EFPIA, Federação Europeia de Associações e Indústrias Farmacêuticas. Aliás, o tempo médio de acesso a medicamentos inovadores aumentou em 8 dias face a 2022.

Neste indicador, Portugal ocupa o 22.º lugar entre os 27 países da União Europeia (28.º lugar nos 36 países analisados pelo relatório). 179 dias, o equivalente a quase 6 meses, separam Portugal da média da União Europeia. Quanto a Espanha, o país que antecede o país neste indicador, os doentes portugueses têm de esperar mais 49 dias para aceder à inovação.

Melhores resultados foram alcançados na taxa de disponibilidade de novos fármacos, em que Portugal está agora acima da média europeia. Se no relatório de 2022 este indicador estava nos 44%, encontra-se agora em 50%, sendo a média europeia de 43%. Abaixo de países como a Espanha ou França, mas com uma taxa superior à Irlanda e Bélgica, Portugal encontra-se no 11.º lugar dos 27 países da União Europeia.

No geral, Portugal manteve a sua posição relativa face a exercícios anteriores. Se a comparação for feita com a UE15, e em particular com os países mais próximos (Espanha, França e Itália), o país dispõe de menos medicamentos inovadores e disponibiliza-os mais tarde.

É ainda de notar que, na União Europeia, o acesso à inovação diminuiu de 45% no ano anterior para 43%. O mesmo aconteceu com o indicador do tempo de espera: aumentou14 dias face a 2022.
As grandes variações entre os países no topo e no fim da tabela continuam a marcar os resultados de 2023. Em toda a região, o tempo médio de acesso dos doentes é de 531 dias – período que varia entre os 126 dias na Alemanha e os 804 dias na vizinha Polónia.

Para a EFPIA, a actual situação, “em que os doentes de um país europeu podem esperar mais do que 6 vezes que os doentes de um país vizinho pelos mesmos medicamentos, tem de ser resolvida.

As razões para a indisponibilidade e os atrasos, considera a associação, são multifactoriais e “devem-se frequentemente a uma combinação de factores”, dando como exemplo a “rapidez das avaliações das tecnologias da saúde, diferentes processos de reembolso ou níveis adicionais de tomada de decisão a nível regional e local”.

“O facto de todos os membros da EFPIA terem apresentado dados sobre todos os medicamentos que lançaram durante o período abrangido pelo relatório é uma indicação clara do empenho da indústria em resolver os problemas de acesso”, afirma Nathalie Moll, a Presidente da EFPIA. Esta disponibilidade permite “construir um entendimento comum, baseado em provas, dos obstáculos e atrasos no acesso, de modo a podermos trabalhar em conjunto para encontrar soluções para problemas que persistem há muitos anos”, declara.