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A conversa

Insuficiência cardíaca: Novos diagnósticos e novas formas terapêuticas dão acesso à evolução

Insuficiência cardíaca: Novos diagnósticos e novas formas terapêuticas dão acesso à evolução

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A insuficiência cardíaca (IC) é uma doença com prevalência crescente em Portugal. Apesar de silenciosa numa fase inicial, o diagnóstico, associado à evolução da terapêutica, tem permitido “modificar a evolução da doença”, afirma o presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC), Lino Gonçalves, na entrevista de Fevereiro da APIFARMA.

Um estudo de 2002 dava nota da existência de cerca de 400.000 pessoas com IC, em Portugal, uma doença “maligna” com “uma mortalidade superior a muitos cancros”, observa o médico. No entanto, a “prevalência da doença tem vindo a aumentar ao longo dos anos por múltiplos motivos, tão simplesmente como o facto da população estar a envelhecer”, explica.

Actualmente, desconhece-se o número real de doentes. O projecto PORTHOS (PORTuguese Heart failure Observational Study ou, em português, Estudo de Observação da Insuficiência Cardíaca em Portugal) está a ser desenvolvido no sentido de obter dados mais actuais, através de um rastreio à população: “Posso dizer que de certeza absoluta que este estudo vai ser um game changer em Portugal”, assegura Lino Gonçalves.

“Com o avanço da ciência, com a descoberta não só de novos diagnósticos, mas sobretudo de novas formas terapêuticas, tem sido possível modificar a evolução desta doença” e, por isso, “quanto mais cedo pudermos começar a implementar a terapêutica nos doentes, melhor”. O resultado desta intervenção não se mede apenas em “qualidade de vida, mas anos de vida, o que é extremamente importante”.

Sendo a IC inicialmente silenciosa, já que “existe um período inicial em que a pessoa não tem sintomas”, afirma Lino Gonçalves, o objectivo é detectar a doença numa fase tão precoce quanto possível, “essencialmente procurando-a”.

Neste sentido, “os diagnósticos in vitro são muito importantes”, como é o caso da “avaliação do NT-proBNP, um marcador extremamente fidedigno e rigoroso da presença da insuficiência cardíaca”. Ao pedir este exame, “além de ajudar a detectar aqueles doentes que estão em fase assintomática –  como nós temos visto no PORTHOS”, é possível, “de alguma forma, diferenciar o que é que é cardíaco e o que é que é intrinsecamente respiratório”, explica o cardiologista, referindo o problema relacionado com a iliteracia em saúde cardiovascular que se verifica “não só em Portugal como na Europa e nos EUA”.

Assista à entrevista completa: