O convidado da entrevista APIFARMA de Abril é o novo Bastonário da Ordem dos Médicos. Carlos Cortes qualifica a Indústria Farmacêutica como “absolutamente fundamental” na “resposta em saúde do nosso país”, com um trabalho que vai além da produção de medicamentos.
Também destaca o papel “muito relevante” da Indústria ao “fomentar a formação e a investigação até dentro do próprio Serviço Nacional de Saúde (SNS)” e declara que gostaria que “a colaboração fosse ainda maior, porque a formação e a investigação em Portugal também são pilares dos cuidados de saúde”.
Questionado sobre a aposta do país em ensaios clínicos, Carlos Cortes afirma não ter quaisquer dúvidas de que a investigação e os ensaios clínicos têm sido colocados em segundo plano. Defende, assim, que Portugal tem de “ter capacidade para atrair essa inovação em várias áreas da saúde e em investigação, nomeadamente nos ensaios clínicos”. No seu entender este é, aliás, um dos vários factores que têm tornado o SNS menos actrativo para os médicos e que é necessário recuperar, a par da melhoria das condições de trabalho ou da “dignificação da profissão médica”.
O “Ministério da Saúde tem gerido a saúde de costas voltadas para os profissionais de saúde”, considera o Bastonário da Ordem dos Médicos, confessando “alguma desilusão” com o Ministro da Saúde e o Presidente do SNS, nestes seus seis meses de mandato, por ainda não se perspectivar “o arranque da reforma de fundo” para o SNS. Pela sua parte, Carlos Cortes assume-se “exigente permanentemente” e compromete-se em ser um “Bastonário que apresenta soluções para o país”.
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