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Estudo APIFARMA reforça valor dos testes DIV na luta contra o cancro

Estudo APIFARMA reforça valor dos testes DIV na luta contra o cancro

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Um estudo da APIFARMA que vem demonstrar o elevado retorno social do investimento nos testes de diagnóstico in vitro na doença oncológica foi hoje, 23 de Outubro, apresentado na conferência “Quando o tempo é essencial | Valor dos Testes de Diagnóstico in Vitro nas Doenças Oncológicas”, que se realizou no Centro Cultural de Belém.

O estudo , apresentado por Paulo Sequeira Dias, consultor da APIFARMA, demonstra um retorno, por euro investido, de  11,3 € no cancro da mama, 10,4 € no cancro da próstata,  5,4 € no cancro do pulmão e 5,7 € no cancro colorretal. Valores que vêm evidenciar o potencial dos testes de diagnóstico in vitro (DIV) na luta contra o cancro, um dos maiores desafios de saúde pública do nosso tempo. Orientados para todas as etapas do processo oncológico, desde a predição e prevenção, até à detecção precoce, diagnóstico, tratamento personalizado, prognóstico e monitorização a longo prazo, a importância dos DIV será cada vez mais relevante tendo em conta a tendência crescente da doença oncológica na população, nomeadamente causada pelo envelhecimento populacional.

No encerramento da conferência, Erica Viegas, vogal do Conselho Directivo do INFARMED, em representação da secretária de Estado da Saúde, abordou precisamente a importância desta ferramenta. “Sabemos profundamente o que significa falar do valor do diagnóstico e do tempo”, afirmou, “e  o tempo, em oncologia, é vida”, acrescentando que falar em DIV “é falar de precisão, inovação e sobretudo de pessoas”.

Adiantou ainda que, a nível europeu, estão “em curso esforços para criar mecanismos para apoiar a breakthrough innovation e para apoiar o desenvolvimento e acesso aos dispositivos órfãos” e que em breve serão aprovados vários diplomas que “constituirão mais um passo decisivo para consolidar a confiança dos promotores e dos investigadores” para colocar o país “na linha da frente da inovação regulatória em saúde”.

No arranque da conferência, o presidente da APIFARMA, João Almeida Lopes, abordou o valor dos testes de diagnóstico na doença oncológica. Avisou, no entanto,  que a percentagem do orçamento do Estado  para a Saúde alocada a esta rubrica está a diminuir, nomeadamente só se prevendo “mais 1,5% para as  tecnologias da saúde, valor inferior à inflação”. Situação agravada pelo acumular da dívida aos fornecedores, que “está ao nível de 2013”.

 

 

Pedro Pereira, coordenador do grupo de trabalho DIV  da APIFARMA, recordou que “Portugal é hoje o quarto país mais envelhecido do mundo e o segundo na Europa”, sendo o envelhecimento um dos factores que mais contribui para a incidência do cancro. “Se nada for feito”, avisou, “nos próximos 15 anos poderemos enfrentar um aumento de 20% nos novos casos e 32% na mortalidade”.  É, pois, “preciso agir”.

 

Isabel Fernandes, do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas da Direcção-Geral da Saúde, reforçou a importância da predição na doença oncológica. Como não é possível actuar em todas as frentes, considerou essencial “garantir o melhor diagnóstico para um tratamento personalizado”. Na área do combate ao cancro “somos dos melhores países no que diz respeito às metas europeias, mas não estamos tão bem no rastreio”, afirmou, anunciando que em breve “vai ser implementado um teste piloto para o rastreio do cancro do pulmão”.

António Araújo, director do Serviço de Oncologia Médica da Unidade Local de Saúde de Santo António, lamentou, nomeadamente, não estar centralizada a aquisição destes testes  de diagnóstico e que existe “um caminho a percorrer”, nomeadamente para que sejam “executados com qualidade, para que o resultado seja fiável”.

Tal como António Araújo, Bruno Garganta, do Grupo de Trabalho DIV da APIFARMA, apontou que um “rastreio bem feito, mais universal, mais eficaz na detecção mais precoce das doenças resulta em, nomeadamente, maior sucesso terapêutico, menos custos sociais e numa melhor qualidade de vida para o doente”. Marta Pojo, directora-geral da Liga Portuguesa Contra o Cancro, acrescentou a necessidade de aumentar a literacia dos profissionais de saúde, área em que é preciso “apostar”.

Carla Bartosch, presidente da Sociedade Portuguesa de Anatomia Patológica, abordou a componente digital e as enormes vantagens que proporcionaria nesta área. “Uma vez instalada a capacidade, a nível nacional”, um hospital que não tenha acesso a um determinado teste rapidamente envia o material a outro que o tenha, “não precisa de ir o material pelo correio”, o que causa demoras desnecessárias. “É para aí que eu vejo a revolução”, afirmou.

Para conhecer o livro “Quando o tempo é essencial | Valor dos Testes de Diagnóstico In Vitro nas Doenças Oncológicas”, clique aqui.

Veja o registo fotográfico do evento aqui e o video dos melhores momentos aqui.