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Dispensa em proximidade | APIFARMA teve um papel ‘facilitador’ no processo

Dispensa em proximidade | APIFARMA teve um papel ‘facilitador’ no processo

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Com previsão de arranque para o terceiro trimestre de 2023, o sistema de dispensa em proximidade de medicamentos de uso exclusivo hospitalar resultou da sinergia de vários organismos aproveitando “tudo o que existe, usando cada um naquilo que faz de melhor”, afirma Paulo Sousa, Presidente do Conselho de Administração dos Serviços de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) e o entrevistado de setembro da APIFARMA.

Além da organização que dirige, com a Indústria Farmacêutica, distribuidores farmacêuticos, a Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e as farmácias comunitárias, “o desafiante foi mesmo aproveitar o que estes todos fazem bem” e em cima dessa sinergia somar “mais este desafio”, explica, considerando que se conseguiu “um resultado equilibrado em termos de custo e o objetivo atingido”.
Em particular, nota o papel “facilitador” da APIFARMA, “que nos ajudou a mediar o contacto quer com as associações dos distribuidores, quer com a associação das farmácias”. Agora aguarda-se publicação do diploma, que “já passou em Conselho de Ministros”, para dar início à operação.

A experiência adquirida pelo SUCH com o armazenamento e a distribuição de vacinas contra a COVID e a gripe durante a pandemia levou à escolha deste organismo para centro nevrálgico da distribuição em proximidade dos medicamentos de uso exclusivo hospitalar.

Com números que apontam para cerca de 198 mil utentes da dispensa hospitalar em ambulatório, Paulo Sousa adianta que “clinicamente prevê-se que 65% a 70% destes doentes possam optar por esta alternativa das farmácias comunitárias e abandonar a dispensa em hospital”.

Evidenciando a “forte capilaridade das farmácias comunitárias”, Paulo Sousa acredita que este será o sistema preferido dos doentes crónicos, em particular com patologias reumatológicas, VIH/SIDA ou oncológicas, que não necessitem de ser acompanhados pelo hospital com muita frequência. O Presidente do Conselho de Administração do SUCH acredita também que este modelo pode vir a ser “reforçado” pela reforma pensada para o Serviço Nacional de Saúde, com a criação das Unidades Locais de Saúde (ULS).

Assista à entrevista completa: